terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sobreviventes de ataques de tubarões lutam pela preservação destes animais

Perderam braços, pernas e pés, mas apesar disso, nove sobreviventes de ataques de tubarões aderiram a uma campanha que visa sensibilizar a sociedade para os perigos que estes predadores dos mares correm, devido à acção do Homem, de acordo com a AFP. Estes sobreviventes reuniram-se, ontem, na sede da ONU, em Nova Iorque (EUA), para dizer ao mundo que os seus agressores precisam de protecção urgente.
Paul de Gelder, mergulhador da Marinha australiana, cuja mão e parte da perna direitas foraam arrancadas, no ano passado, por um tubarão na Baía de de Sidney, explicou que estava ali “a dara voz a um animal que não podia fazê-lo”. Devido à pesca intensiva, algumas espécies de tubarões correm risco de extinção. Anualmente, são mortos 73 milhões de tubarões só para lhes serem retiradas as barbatanas, uma prática conhecida como “finning”. “Estamos a dizimar populações de tubarões por uma tijela apenas”, alertou Gelder.

O Pew Environment Group, uma organização sedeada em Washington, responsável por levar os responsáveis à ONU, referiu que 30% das espécies de tubarão estão ameaçadas ou em risco de extinção, enquanto o destino de 47% é desconhecido. Os cientistas defendem que o extermínio dos tubarões, que se encontram no topo da cadeia alimentar dos oceanos, significaria a destruição do escossistema marinho.

Esta organização tem vindo a exercer pressão para que a prática de “finning” (modalidade de pesca em que é apenas retirada a barbatana ao tubarão e e este é devolvido, agonizante, ao mar) seja proibida e que a legislação relativamente à caça destes animais seja mais apertadas em todo o mundo.

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