sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Massacre de cetáceos na Dinamarca


As Organizações Não Governamentais (ONG) Sea Shepherd (“pastores do mar”) e a Fundação Brigitte Bardot criticaram duramente hoje, numa carta aberta dirigida à Rainha Margarida II da Dinamarca, as “matanças” anuais com recurso “a facas e ganchos” de centanas de cetáceos nas Ilhas Féroé, em nome de uma “tradição do passado”, de acordo com a AFP.

Todos os anos, entre 700 a mil cetáceos são mortos, de acordo com as autoridades. Os animais são obrigados pelos barcos a nadar até à costa do território dinamarquês ultramarino, onde são esventrados vivos. Uma prática que remonta à idade vikins (800-900), dizem os historiadores.

“Não se trata de caça, mas de um verdadeiro genocídio* animal, uma tradição que não tem qualquer justificação aceitável no mundo actual”, escreverem os responsáveis das duas ONG na carta aberta à monarca.

“Este espectáculo macabro é uma vergonha para a Dinamarca e as Ilhas Féroé”, acrescentam a ex-actriz Brigitte Bardot e Paul Watson, fundador da Sea Shepherd, organização conhecida pelos seus métodos musculados contra os baleeiros japoneses.

“Ontem, encontrámos num fiorde um autêntico cemitério de cetáceos. Animais inteiros completamente rejeitados. Inicialmente, esta era uma caça necessária à sobrevivência dos homens. O que não é o caso hoje em dia”, afirmou à AFP Christophe Marie, um dos responsáveis da Fundação Brigitte Bardot, contactado a bordo de um dos barcos.

As Ilhas Féroé, situadas entre a Escócia e a Islândia, partencem à Dinamarca, mas têm um governo autónomo. As ONG garantem que a “Dinamarca controla a pesca no território e protege os navios que empurram os cetáceos na direcção das baías onde são massacrados”.

Estas acusações “não têm fundamento e não são novas”, reagiu Kate Sanderson, especialista em questões baleeiras do governo local de Torshavn. “É uma caça e como todo o tipo de caça, é selvagem e parece deshumana. Mas quem protesta contra a matança destes mamíferos com recurso a facas nunca esteve num matadouro”, acrescentou, em declarações à AFP.

Ulla Wang, assessor do Ministério das Pescas no arquipélago, garante que a carne e a gordura destes cetáceos, “que não pertencem a espécies ameaçadas”, são “consumidas”. “Elas constituem um complemento indispensável à alimentação dos insulares”, explicou.


*Genocidio é um crime contra a espécie.


Na minha opinião, acho que isto não deveria de acontecer, uma vez que hoje em dia não é necessário para a alimentação humana, mas enfim... Espero que isto acabe.

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